Quando devo solicitar um responsável técnico para equipamentos enquadrados na NR-13?
Em clientes que tenho visitado, que operam com caldeiras, vasos de pressão e
tanques, percebi um pensamento comum: contrata-se o engenheiro para realizar a
Inspeção de Segurança Periódica somente quando o prazo está por vencer.
Entretanto a exigência de responsabilidade técnica de um Profissional Habilitado (PH) é demandada em diversos outros momentos, em diferentes itens da Norma, não só para as Inspeções de Segurança Periódicas.
Quando solicitar um responsável técnico (PH)
Abaixo relaciono as situações que a NR-13 requer a responsabilidade técnica de
um Profissional Habilitado, com alguns itens transcritos:
- Na instalação de caldeiras a vapor (13.4.2.1)
"13.4.2.1 A autoria do projeto de instalação de caldeiras a vapor, no que
concerne ao atendimento desta NR, é de responsabilidade de PH, e deve
obedecer aos aspectos de segurança, saúde e meio ambiente previstos nas
Normas Regulamentadoras, convenções e disposições legais aplicáveis."
- Em Inspeções de Segurança Inicial, Periódica de Extraordinária (13.4.4.13, 13.5.4.12, 13.6.3.8)
- Para postergação de inspeção de segurança periódica de caldeira (13.3.1.1)
- Quando necessário atualizações de procedimentos, exames, testes e intervalos de inspeção (13.3.3.2, 13.4.4.11, 13.5.4.8, 13.6.3.3)
- Na reconstituição de prontuários, fluxogramas, registros de segurança (13.4.1.7, 13.5.1.7)
- Para inibição provisória dos instrumentos e controles (13.4.3.2.1, 13.5.3.2.1)
- Em testes hidrostáticos - TH (13.4.4.3, 13.5.4.3)
- Para elaborar projetos de alterações ou reparos (13.3.3.4)
a) ser concebidos ou aprovados por PH;
b) determinar materiais, procedimentos de execução, controle de qualidade e qualificação de pessoal;
c) ser divulgados para os empregados do estabelecimento que estão envolvidos com o equipamento."
-
Para elaborar Planos de Inspeção (13.5.4.6, 13.6.3.5, 13.6.3.6,
13.7.3.4)
Outros momentos: Oportunidades
A Norma contém as exigências mínimas para garantir a segurança de equipamentos, entretanto para reduzir os custos envolvidos é necessário analisar estrategicamente com as demandas e rotinas da operação e manutenção.
Por exemplo: em vasos de pressão revestidos, que operam a baixas temperaturas, pela degradação do revestimento de tempos em tempos é necessário a sua troca. Outra atividade que exige a remoção do revestimento é o Exame Externo completo do vaso, portanto é importante avaliar a execução de uma Inspeção de Segurança Extraordinária mesmo antes do prazo. Essa ação evita que no vencimento seja necessária outra remoção do revestimento, que provavelmente estará em boas condições, economizando em material, mão de obra e aumentando a disponibilidade do equipamento para a produção.
Falando em aumento de disponibilidade, paradas de manutenção são bons períodos para a execução de Inspeção de Segurança Periódica, pois aproveita-se dos equipamentos desligados para os Exames Externos, Internos e medições.
Outro ponto importante é sobre as empresas que operam e também fabricam vasos de pressão. O que geralmente não é lembrado é que os vasos fabricados necessitam de um Teste Hidrostático antes da entrada em operação. É imprescindível a realização desse teste e o acompanhamento de um profissional, tanto para a segurança da operação quanto para o seu registro, pois sem esse documento por mais que seja um vaso superdimensionado e bem construído ainda assim constará como um equipamento que está fora da norma, considerado um risco e uma não conformidade passível de multa e interdição da sua operação.
Caso tenha alguma dúvida, contate um profissional da área da Engenharia
Mecânica, que é o Profissional Habilitado discriminado pelo CONFEA para lidar com os equipamentos da NR-13.

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